Os Postulados

Doutrina Secreta da Umbanda
Por W. W. da Matta e Silva (Yapacani)

POSTULADO 1º
(No que diz respeito a DEUS-PAI)

Cremos, inabalavelmente, na Eterna Existência do Deus-Pai como O Espírito de Absoluta Perfeição.

Cremos e ensinamos que Ele é, de fato e de direito, O INCRIADO ABSOLUTO, porque é Único e Indivisível: jamais recebeu  nenhum sopro, vibração ou irradiação de nenhuma outra realidade, por acréscimo sobre Si Mesmo.

Cremo-LO como o único Ser de Suprema Consciência Operante, porque domina e dirige TUDO: a eternidade-tempo, o espaço cósmico, a substância-etérica (a energia, a matéria, etc.) e a nós mesmos – espíritos carnados e desencarnados e mesmo em evolução em qualquer sistema planetário do Universo-astral.

Cremo-LO como o único possuidor de ARCANO DIVINO; como O único que pode saber a Razão real do “ser ou não ser” dos Princípios, Causas e Origens, do que o Arcano Maior nos revela como das Realidades Incriadas e dos Fatores Criados.

Cremo-LO como Deus-Criador no sentido direto de TUDO que se relaciona ou no que produziu sobre a Substância-etérica, no domínio da realidade, isto é, na formação e desenvolvimento das vias-lácteas, galáxias, sistemas planetários, sol, estrelas , corpos celestes, etc.

Cremo-LO, realmente, como o Divino Arquiteto; como o “Divino Ferreiro”, que malha na bigorna cósmica, com Sua Vontade.

Assim, cremos nos fenômenos da criação, como uma manifestação de Seu Poder Operante, plasmador, na substância-etérica, de Sua Ideação, criando nela o Arquétipo ou o modelo original dos organismos astrais e das coisas físicas propriamente compreendidas.

Cremo-LO, também, como o criador das Leis Morais, regulativas da Evolução Espiritual – o chamado Carma dos hindus e Lei de Consequência de outros.

Portanto, em relação com o dito, cremo-LO mesmo como o Criador da matemática quantitativa cósmica, ou seja, da lei que regula a dinâmica celeste.

Cremo-LO assim, sem falhas, no processo dito da “criação das coisas” subentendidas no que está acima definido.

E para fundamentar os conceitos desse Postulado, damos, como exemplo de relação, o Gênese de Moisés, no qual ele ensinou: “E Deus criou o homem à sua imagem e semelhança”.

Passemos, de leve, pelo sentido figurado, para ressaltarmos o interno, pois sendo Moisés um iniciado, um mago, devia possuir as chaves da interpretação dos Arcanos ou da Kabala verdadeira.

Sendo o homem propriamente interpretado como um ser humano, composto fisicamente de células, geradoras dos sólidos, líquidos, gasosos e etéricos, os primeiros consolidadores do corpo denso, e o último (o etérico) consubstanciador de um outro, de matéria astral, denominado corpo astral, ou perispírito, é claro que essa criação se aplica aos organismos que foram gerados da substância-etérica, e que são usados pelo espírito para se manifestar no mundo das formas astrais e materiais, porém não são ele em si. São, é claro, os veículos que usa para viver, quer no mundo astral, quer na condição humana.

Assim, quando Moisés ensinou: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”, velou o sentido oculto e correto, que seria, como é, na chave de interpretação do Arcano: “E Deus-Pai plasmou a Sua ideação, criando o Arquétipo, como forma etéricas e a sua continuidade para o Protótipo das formas astrais densas”.

O resto foi trabalho subsequente das Hierarquias para o tipo humano. Em suma: criou à imagem e semelhança do que ideou, e não Dele-Deus, sendo imaterial, insubstancial, não plasmou a “sua forma”para ser copiada.

POSTULADO 2º
(No que diz respeito à origem e “criação” dos Espíritos)

Cremos e ensinamos que os Seres Espirituais, carnados e desencarnados, quer no planeta Terra ou mesmo de qualquer sistema planetário do Universo Astral, e ainda como habitantes do Cosmos Espiritual, em suas condições de Espíritos puros (isentos de quaisquer veículos ou injunções da substância-etérica), são de uma natureza vibratória que não se desintegra, isto é, não é sujeita a nenhuma espécie de associação ou desassociação (exemplificando: assim como elemento que pode ser composto, decomposto, derivado, enfim, como algo que sai de outra), porque são distintos da própria setessência da matéria.

Cremos que os Espíritos são Incriados, porque a origem da natureza vibratória de cada um se perde no infinito do tempo. Só quem sabe a razão de sua origem é Deus. Portanto, coeternos com Deus-Pai.

Cremos e ensinamos mais que os Espíritos têm como potência intrínseca esses atributos essenciais que definimos como consciência, inteligência, volição, sentimentos, etc.

Habitam também o espaço cósmico tal e qual a substância-etérica, porém as Naturezas dessas três Realidades são extrínsecas entre si, como também essas três citadas realidades – espaço cósmico, substância e espíritos – são extrínsecas da Natureza Divina.

Cremos ainda que todos os Seres Espirituais se revelam e se expandem em Consciência, Inteligência, etc., porque são da mesma natureza vibratória incriada.

Todavia, a tônica-própria de cada um o faz independente. Cada um vibra, por suas afinidades virginais, como quer e para onde quer: é o dito livre-arbítrio, ou o uso da vontade, que podia, ser cancelado pelo Deus-Pai e não foi. E assim é ue adquirem estados de consciência distintos um dos outros.

Por causa disso, dessa distinção consciencional – reveladora dos próprios aspectos morais de origem – que os espíritos não podem ter saído, originado, da própria Natureza Divina do Deus-Pai. E foi por via desses fatores que adquiriram a Sua Paternidade Moral, no sentido da educação espiritual, da evolução.

Como imagem singela: nós, os espíritos, vibramos como pequeninos centros de consciência em evolução, e Ele, Deus, vibra a Consciência Suprema, Integral, Perfeita, que nos dá, por acréscimo, tudo aquilo que vamos necessitando, na escala evolutiva.

No entanto, é de origem indefinida, eternal de cada ser espiritual, que surge essa diferença, essa distinção se bem que, na realidade, sejam todos da mesma “essência” virginal, e é precisamente em virtude dessa condição que revelam simultaneamente suas afinidades originais, assim como consciência, inteligência, vontade, sentimentos, tendências, etc., porém não implicando assim, absolutamente, que eles se tenham originado da próprias “essência” do Espírito Divino, Deus, que tenham sido feitos ou “fabricados” da própria natureza do Pai.

Esse é um dos ângulos fundamentais suscitados à indução e à dedução teológica e metafísica ou à meditação e à interpretação do iniciado, de vez que terá de encontrar, por si mesmo, em sua razão, a lógica para essa distinção entre esses dois termos, dentro da seguinte afirmação: o ter-se originado da mesma não é ter-se da própria de cada um e muito menos da do próprio Deus-Pai.

Você, que agora mesmo está lendo isso, tem consciência, inteligência, livre-arbítrio, alcance mental para mais ou para menos e nós (o autor) também temos esses mesmos atributos, mas não somos iguais no modo de pensar, querer, ambicionar, amar, errar, agir e evoluir.

Em suma: as aquisições morais e intelectuais que definem o graus de estado de consciência são atributos do seu espírito e se distinguem do nosso e de outros quaisquer, porque são independentes ─ cada qual cria livremente as suas próprias condições cármicas ou de destinação.

Entenda-se: essa questão de extrair uma coisa da outra é química, é física, é atômica, porque só se tira algo daquilo que é composto, que está sujeito às associações.

Um eléctron – ou mesmo um próton – é uma das partículas elétricas mais simples do átomo e mesmo que a Física, amanhã, pretenda “dividi-lo teoricamente”, o fará apenas em outras partículas, que serão sempre, eternamente, as unidades simples da substância etérica básica.

Portanto, nós – os espíritos evolutivos, inclusive os mais alto mentores espirituais do planeta – o Cristo-Jesus, as Potências Espirituais, as Hierarquias Cósmicas, o Deus-Pai, somos todos imateriais, isto é, jamais dependemos do eléctron (e nem mesmo do que a ciência já começa a definir como as partículas contrárias, assim como o pósitron, etc., e que já são apontadas como geradoras de uma antimatéria), do próton, do nêutron, do átomo, da energia ou da substância etérica para ter consciência, inteligência, livre-arbítrio, etc.

Esses elementos do natura-naturandis nos em servindo como canais desses citados atributos nossos e somente porque estamos no Universo-Astral, nessa 2ª Via de Evolução, visto termos abandonado a 1ª Via, o Cosmo Espiritual, “o outro lado da Casa do Pai”, ou seja, ainda, aquelas infinitas extensões do Espaço Cósmico, onde a energia ou substância jamais interpenetrou.

Em suma, somos perfectíveis – sujeitos ao aperfeiçoamento moral – sim, porém no sentido restrito da evolução, principalmente, pela Via dependente do Universo-Astral, essa que desconhecíamos, ignorando ter tamanhas injunções de tentações, porém, nunca, jamais, por termos sido criados imperfeitos moralmente, da própria Natureza do Deus-Pai.

Como também cremos que o Deus-Pai, sendo Perfeito, Onisciente, etc., não iria criar, também, de SI Próprio – de Sua Natureza Divina, a substância-etérica, para que posteriormente servisse de tentação ou de via ou “campo” de suras expiações ou provações, como se da Suprema Bondade pudesse germinar o princípio do bem do mal, ou  uma coisa que iria, fatalmente, concorrer para derivar sentimentos ou atributos morais, em aspectos piores, terríveis, imprevisíveis.

Eis porque as religiões dogmáticas e outros sistemas filosóficos concorrem para o positivismo ateu, quando pregam secamente que “os espíritos foram criados simples e ignorantes” por Deus, como se defeitos morais próprios de estados de consciência se tivessem originado da Consciência Suprema, Perfeita, de Pai de Eterna Bondade.

POSTULADO 3º
(No que diz respeito à Matéria, etc.)

Cremos e ensinamos que existe uma substância-etérica, invisível, impalpável, própria do Universo-astral, como básica, fundamental, fonte geradora das transformações e condensações incalculáveis. Essa substância é preexistente, coeterna do espaço cósmico, porque existe dentro dele.

Incriada, isto é, não foi criada por Deus-Pai, no sentido direto de tê-la extraído, gerado, de Sua Própria Natureza Divina.

Sua origem real é o Arcano Divino, domínio da Sabedoria Absoluta do Deus-Pai. Só ele conhece a razão das coisas finitas e dos fatores infinitos.

Esta dita substância-etérica sempre existiu de moto próprio, turbilhões indirecionais (isto é, seu estado potencial ainda não produzia o que a Física denomina “campos de gravitação”), em convulsionamento, sempre a transformar-se em elementos de variação inconstante: era o chamado caos das religiões.

E para nos fazer mais compreendidos, na mais singela das relações (porque nosso caso não é de definições de Física nuclear, por essa ou aquela Escola, e, sim, estabelecer um conceito metafísico ou filosófico, ponto de doutrina): essa substância-etérica, em constante estado de convulsionamento, de explosão, não chegava às condições de gerar ou de se transformar nos ditos “fluídos universais”, que produzem a luz, o calor, a eletricidade, o magnetismo, etc.

E eis porque Moisés falou da “criação do mundo”, no Gênese, assim: “no princípio era o caos”, afirmando mais que Deus disse: “haja luz e houve luz” etc. (Gen. Cap. 1º Vers. 3).

Portanto, cremos e ensinamos que foi Poder Operante de Deus-Pai que dinamizou a citada substância, coordenando sua lei natural, o seu moto próprio, a fim de que ela produzisse, como produziu, os denominados íons, num sistema molecular, que são os fluídos universais, consubstanciadores dos átomos, com seus elétrons, prótons, etc., positivos e negativos. Daí é que entendemos a escala atômica, com seus átomos de qualidades diferenciadas, porque, se assim não tivesse sido coordenada, não ficaria nas condições apropriadas para receber e plasmar a dupla manifestação dos Seres Espirituais, ou seja, a sua dupla linha de afinidades virginais (ver origem do sexo).

Ainda podemos esclarecer (seguindo nosso conceito metafísico) que esses “fluídos-cósmicos, ou universais” são os mesmo que a Escola Oriental denomina tatwas, “formadores dos mundos”.

É preciso que esclareçamos ainda que a substância é considerada por várias escolas como a matéria cósmica indiferenciada, antes de gerar as condições acima ressaltadas (vide o que definimos a mais, no 2º aspecto do Postulado que trata do espaço cósmico).

Em suma: cremos que essa substância e, por extensão, a matéria, teria que receber, como recebeu, vibrações de acréscimo do Poder Inteligente, visto não ter as mesmas faculdades que são inerentes aos seres espirituais (as nossas), como inteligência, vontade, etc., que englobam aquilo que sentimos ser da Consciência.

Cremos ainda que esse dinamismo Divino se impôs sobre a substância como condição regulativa – pela mercê do Pai – a fim de proporcionar uma 2ª Via de Evolução mais apropriada, dado o uso do livre-arbítrio, dos Espíritos, quando resolveram abandonar o Cosmos Espiritual para descer ou penetrar no outro lado do espaço cósmico, onde habitava e habita a substância-etérica.

Por isso – já o dissemos – foi que o PAI criou o Universo-astral.

Em consequência desses fatores é que a Doutrina Secreta da Umbanda define dois aspectos cármicos essenciais: o CAUSAL e o CONSTITUÍDO.

POSTULADO 4º
(No que diz respeito ao Espaço Cósmico)

Cremos e ensinamos que o chamado Espaço Cósmico é o vazio-neutro infinito, ilimitado, indefinido na realidade de sua natureza própria.

É o meio sutil, neutro, imponderável, que a substância-etérica interpenetra e, consequentemente, onde as partículas desconhecidas e as qualificadas como íons, elétrons, nêutrons, etc. se agitam na forma dos átomos propriamente compreendidos…

A razão de ser desse espaço cósmico é a própria vacuidade, de natureza extrínseca da substância, dos Espíritos e do Deus-Pai. Portanto, é uma realidade, é uma natureza Incriada.

Sua dita razão de assim ser é Arcano Divino do SER SUPREMO.

Todavia, o Arcano Maior nos diz que: “É a Casa do Pai, Ele habita-a também e é o Único que pode ‘percorrê-la’ em sua totalidade, infinita, ilimitada” porque “só o Pai é quem pode limitar o próprio infinito”.

Esse Arcano levanta, em relação a essa vacuidade, um duplo sentido, ou seja, uma “divisão” em seu “meio” sutil: a) como o vazio-neutro mesmo, onde a substância-etérica não interpenetrou; onde não há vida própria; onde não habita; onde inexiste quantidade, ou seja, onde nem a mais simples partícula atômica penetrou.Esse aspecto do espaço cósmico é o que a nossa Doutrina aponta como o COSMOS ESPIRITUAL (vide sua relação direta com o Carma-Causal).

b) O outro aspecto dessa “divisão” aponta-o como o meio sutil desse vazio-neutro, onde a substância interpenetrou, existe, habita. Onde, no princípio dos fenômenos da criação, ela dominava, em constante estado de explosão (seu moto próprio se convulsionava até o 1º, 2º e 3º estados ─ era o caos permanente. Porque, já o dissemos, o 4º estado já foi obra do Poder Operante do Pai, por isso que o Arcano diz que a lei natural da substância ou matéria foi coordenada).

Daí, dessa condição da substância-etérica, desse 4º estado (dentro desse meios sutil onde dominava e habita) foi que o Pai criou o UNIVERSO ASTRAL (vide Carma-Constituído).

POSTULADO 5º
(No que diz respeito ao Carma-Causal do Cosmos Espiritual)

Cremos e ensinamos existir uma Via de Ascensão Original, isto é, a 1ª Via de Evolução dos ESPÍRITOS, dentro do Espaço Cósmico, e que já definimos como o vazio-neutro ou Cosmos Espiritual, própria do Carma-Causal.

Nessa Via, a EVOLUÇÃO é infinita, isto é, o Arcano não revela que obedece a uma reversão, a um limite, a ponto-final, etc. Diz que saímos dela e temos que voltar a ela.

Como Carma-Causal admitimos ser a Lei básica, fundamental, estabelecida pelo Poder Supremo, de toda Eternidade, a fim de regular, educar, os estados consciencionais dos Seres Espirituais, em relação direta com o uso do chamado livre-arbítrio.

Como livre-arbítrio entendemos  percepção consciente, própria do Espírito, de poder expandir suas afinidades virginais, ou as vibrações volitivas de sua natureza, sem cerceamento, sem limitações.

Lei Cármica estabelecida ─ frisamos ─ para regular, educar, em relação direta com um sistema evolutivo, completamente vedado, pelo Arcano Maior, quanto ao seu funcionamento essencial.

Revela somente da existência desse Cosmos Espiritual (já o denominamos, em obra posterior, Reino-Virginal), dessa 1ª Via de Evolução, dentro de uma linha ou dessa sistema evolutivo, distinto, que vamos definir como Carma-Constituído, isto é, sem tudo isso que já conhecemos como lições, experimentações, provações, reajustamentos, etc., próprios do Universo-astral, com sua disciplina imposta, posteriormente, a fim de reajustar a trajetória dos espíritos nessa 2ª Via de Evolução, que consciente, escolheram, quando se deu a queda ou descida para ela.

É bom que lembramos ao leitor que naquele Cosmos Espiritual os Espíritos “habitavam, e habitam” ainda, puros, completamente isentos de quaisquer veículos provenientes, da citada substância.

Assim, para que se entenda o porquê dessa queda e ainda o porquê das criação do Universo-astral, temos que falar da Origem do Sexo.

POSTULADO 6º
(No que diz respeito à origem no sexo dos Espíritos)

Cremos e ensinamos que a origem do sexo está na própria natureza vibratória dos seres espirituais, como as afinidades virginais de cada um.

São essas afinidades virginais que, vibradas pelo Espírito, foram plasmando, imprimindo sobre a substância o caráter delas e, progressivamente, consolidando suas tendências de origemnuma dupla manifestação ou definição.

Essa dupla manifestação de tendências é irreversível, porque é da própria tônica eternal dominante de cada ser espiritual.

Quando os espíritos buscaram a natureza das coisas queriam defini-las, objetivá-las, materializá-las, procuravam as condições para produzir esses aspectos que vieram a ser identificados como o amor ou a tendência sexual de cada um, ou o SEXO.

Então, identificamos positivamente que afinidades são atributos intrínsecos dos Espíritos, nasceram neles mesmos, e daí que, ao se definirem e se concretizarem, revelaram aquilo que é do macho e aquilo que é da fêmea.

Fácil, portanto, ao leitor entender porque a Tradição, a Kabalae as obras mais autorizadas do ocultismo oriental e ocidental ressaltam o eterno masculino e o eterno feminino, no sentido mesmo de fatores irreversíveis.

Tanto assim é que seria absurdo, ilógico, atribuir-se à natureza-matéria ter criado no próprio espírito essa tendência, sabendo-se que ele é de natureza distinta, extrínseca à dela, que não tem faculdades criadoras, provenientes da consciência, inteligência, sentimentos, etc., portanto recebeu tendências nela e não as originou. Os seres espirituais não saíram dela, não tiveram origem nela.

A Doutrina Secreta da Umbanda tem como ponto fechado essa questão: um Espírito foi porque é e será eternamente da linha do Eterno Masculino; outro Espírito é porque foi e será eternamente da linha do Eterno Feminino. São ingênuas ou duvidosas as doutrinas que pregam as reencarnações de um espírito ora como homem, ora como mulher.

Há tão-somente os casos excepcionais de desvio moral, trauma sexual, etc.. É o caso particularmente do homossexualismo. Enfim, surgem como taras ou desvios de fundo moral-sexual, porém transitórias. Datalmente todos de integrarão na linha ou vibração afim, certa.

Essa questão do sexo, estando assim definida, desde a origem de seus fatores, digamos, psíquicos ou anímicos, cremos que o leitor já deve ter compreendido que isso que veio a ser o sexo já existia, em estado latente na ideação virginal dos espíritos, como suas ditas afinidades e que eles saíram de lá, do Cosmo Espiritual, a fim de concretizá-las noutra parte, provocando, por causa dessa atitude, a criação do Universo-astral e uma sublei, que denominamos carma-constituído. Vejamos outras considerações.

Tendo assim definido a  origem anímica do sexo em duas distintas de afinidades, esse arcano ainda faz revelações sobre a origem física do homem, isso é, de onde veio seu corpo animal.

A nossa doutrina não aceita “as provas” ou as teorias científicas sobre a origem do homem-físico (corpo humano), porque, tendo as mesmas certos fundamentos-científicos, não convencem, porque fogem à lógica fundamental.

De um modo geral a ciência concluiu, ou deduziu, que o ancestral simples e primitivo do homem é oriundo de uma só uma só espécie de matéria muciforme albuminóide, também chama protoplasma, ou protameba primitiva; seria, portanto, o mesmo que as moneres atuais: organismos sem órgãos, unicelulares.

Depois essas moneres evoluíram, numa seriação, ditas como dos ancestrais-invertebrados, que, por sua vez, deram formação, sucessivamente, aos antropóides, ou homens-macaco, daí a ciência (antropologia) clássica dizer: “o homo-simius” e outros. Assim, poderemos deduzir simplesmente que:

a) o organismo humano (o corpo físico, animal0 deve ter sua “origem real” no protoplasma ─ espécie de matéria ou tecido germinal, que é a que conserva e transmite os caracteres genéticos, através da cromatina do núcleo das células.

b) essa cromatina do núcleo da célula contém, essencialmente, os gens (cromossomos), que são, exclusivamente, gerados pelas gônadas, únicas reprodutoras da célula sexual, e por onde são transmissíveis os denominados caracteres hereditários de uma raça animal, irracional ou racional.

c) e como o ancestral comum do homem, segundo a antropologia, teria sido o homem-macaco, ou antropóide, teríamos forçosamente de admitir que as gônadas, os gens, os cromossomos desse antropóide tinham que vir se reproduzindo dentro de seus caracteres básicos, até certa altura, quando recebeu “o sopro inteligente, consciente”, isto é, quando incorporou ou encarnou na espécie o espírito, ou os seres espirituais.

Isso não tem convencido porque até hoje a essa mesma ciência procura o “elo perdido”, isto é, a espécie intermediária entre o antropóide e o homem-físico.

Nossa doutrina, ou arcano, como já frisamos, rechaça tais conclusões científicas, porque nesse caso provado das gônadas, da célula sexual reprodutora, dos gens com seus caracteres hereditários, a dita ciência teria de procurar não um ancestral comum para o homem, mas quatro ancestrais comuns, porque quatro são as raça básicas, e, assim, quatro têm que ser, forçosamente, seus padrões genéticos, distintos e transmissíveis.

A ciência não prova que o padrão genético do homem de raça negra, com todos os seus caracteres raciais, é igual ao do homem de raça amarela. A ciência não prova que os cromossomos do homem de raça branca são iguais aos do homem da raça negra, isto é, não prova o porquê ou a razão da natureza essencial dos gens de cada tipo racial puro conservarem sempre os caracteres físicos ─ cor da epiderme, cabelo, olhos, olhos, conformações próprias, etc. ─ através da reprodução da mesma espécie, sem alterações básicas, ou melhor, com aquelas qualidades próprias.

Se não houver mistura de gens, entre um homem de raça amarela e uma mulher de raça branca ou negra, o padrão genético de um ou do outro não se altera em suas linhas básicas qualitativas. A mistura ou a mescla de padrões raciais básicos foi ue produziu aas sub-raças ou os chamados caldeamentos.

Veja-se simplesmente que quando um homem do puro padrão genético ou racial negro junta seus cromossomos com os de uma mulher do puro padrão racial branco, o que produzem, via de regra? O mulato, ou moreno; notando-se mais que um filho pode trazer mais características do pai que da mãe, e vice-versa, ou seja, ainda, um pode sair com cabelo bom e epiderme mais clara, ou mais escuro e de cabelo ruim, prevalecendo, portanto, a força de um dos padrões genéticos básicos.

Essas considerações simples são aqui feitas para definirmos que, sendo essencialmente, basicamente, quatro os padrões genéticos, que seriam os quatro antropóides ancestrais raciais ou genéticos distintos, e em diferentes regiões do planeta, perpetuadores de seus caracteres, se a ciência apenas procurou apenas um ancestral comum? E ainda mais explicitamente: qual teria sido o antropóide cujo padrão genético e distinto se perpetuou na raça amarela? E nas raças negra, branca, vermelha?

E ainda explícita e profundamente: se os gens, como partes integrantes dos cromossomos, têm propriedades de reprodução natural e, por isso, são os que transmitem os caracteres hereditários e distintos de cada padrão racial, e ainda sendo originários do protoplasma, quantos protoplasmas a ciência teria que classificar, se essa distinção da natureza íntima ou essencial de cada um desses padrões raciais está visível em cada uma dessas quatro raças básicas da humanidade, sabendo-se qua a mesma ciência, estudando o número de células sexuais ou cromossomos das espécies animais irracionais, verificou que variavam em quantidade? E tanto é que a cobaia e o rato têm 16 cromossomos; a rã 24; o pombo 16; a galinha 18; o boi 37 ou 38; e o “bicho homem” varia de 45 a 48, segundo modernos estudos.

Ora, verificando-se ou entendendo-se claramente que essas quantidades são fundamentais e próprias de cada espécie animais, deixemos para a própria ciência oficiosa ou profana descobrir o porquê real dessas distinções e dessas variações de quantidade de cada espécie animal, porque não tem coerência científica se não identificarem também os quatro ancestrais antropóides, e todos com o mesmo número de células sexuais ou cromossomos ─ igual ao do homem ─ isto é, de 45 a 48.

Assim, entremos com o conceito de nossa doutrina a respeito desse magno problema. Como já dissemos nos Postulados anteriores, os chamados “fluídos cósmicos”, ou universais, foram efeito daquela coordenação do Poder Criador, Operante, Divino, sobre a substância-etérica, gerando o 4º estado, que, por sua vez, consolidara-se nos ditos quatro elementos da natureza: os ígneos, os aéreos, os aquosos,  os sólidos, em cujas naturezas essenciais dominavam, respectivamente, o oxigênio, o azoto, o hidrogênio e o carbono.

Então, queremos que o leitor entenda que esses quatro elementos da natureza física têm íntima relação com os citados padrões genéticos e, naturalmente, com o surgimento das quatro raças básicas da humanidade.

O Arcano nos revela que o protoplasma das espécies animais irracionais não têm a mesma fonte que o da espécie humana. O plasma germinal do organismo humano consoliudação etérica e incisiva do elemento ígneo com o seu radical ─ o oxigênio, surgindo assim um “plasma astral”, ou uma matéria orgânica astral, que deu formação gradual, progressiva, a um corpo astral, a princípio etérico, depois semidenso, denso, rude, sem contornos particulares, condição que foi alcançado com a respectiva consolidação futura. Dentro desse conceito metafísico, a primeira raça que surgiu foi a Vermelha.

Depois e ainda dentro desse prisma, pela respectiva atuação desses outros elementos ─ azoto, hidrogênio, carbônio ─ é que foram surgindo as demais raças: negra, amarela, branca, com seus padrões genéticos próprios e relacionados com essas ditas atuações mesológicas ou climatéricas, isto é, uma aclimatação progressiva do quente para o frio, com suas duas condições intermediárias (o que veio a definir-se como as quatro estações do ano), estritamente relacionadas assim, e ainda por causa da conexão com seus outros padrões anímicos, cármicos e morais, isto é, sujeitos à disciplina da Lei Divina, imposta de acordo com seus graus de rebeldia, quanto ao uso que fizeram do livre arbítrio.

Fusões, caldamentos, sub-raças ou ramos não são padrões básicos ─ é a mescla, que objetiva uma padrão único, homogêneo, a fim de extinguir o preconceito racial, o orgulho de raça, etc., para se alcançar o arquétipo físico, ou seja, a purificação biológica ou orgânica, porque, vamos convir, o nosso atual corpo físico, por mais valioso que nos pareça, ainda carrega dentro de si detritos, fezes, vermes, pus, etc..

E eis porque na Bíblia (citamos sempre essa obra porque a mentalidade ocidental está muito arraigada a ela como “livro divino, de revelação”, muito embora contenha algumas verdades, no mais conta apenas a história religiosa, social, moral, etc. dos hebreus ou povo de Israel, por sinal história não muito limpa) na parte do Gênesis Moisés figurou essas verdades do Arcano Maior quando simbolizou essas quatro raças como os quatro rios que corriam para os quatro pontos cardeais da Terra, e ainda os denominou fluidos, com os seguintes nomes: Phishon, Gihon, Hiddekel e Prath.

Moisés, assim, baseou-se naturalmente na ciência dos Patriarcas, ensinada por Jetro, guardião da verdadeira Tradição, e disse mais, que Adão, isto é, a primeira humanidade, “foi feito de barro” ─ e o barro, todos sabem, é de cor vermelha. Essa conceito da origem do homem no barro vermelho também era professado na antiga Babilônia.

No túmulo de Sethi I foram pintadas essas quatro raças, pela ordem da cor inerente a cada uma e com os nomes, ou seja: a vermelha é Rot (seriam os Rutas da história); a negra é Halasiu; a amarela é Amu; a branca é Tamahu.

Assim, cremos ter definido, nesse Postulado de nossa Doutrina Secreta, a origem do sexo, da raça, e de seus padrões genéticos básico, concluindo que não deve ter existido um protoplasma ou um tecido germinal comum a essas quatro raças.

Certos atributos do corpo físico ou do organismo humano que a ciência julgou ter encontrado em outras espécies animais, como o macaco, o peixe, etc., são devidos, ou melhor, têm suas origens nas injunções da natureza vital do planeta Terra, obedientes à lei da gravidade de regula o equilíbrio desses organismos, facultando-lhes as condições de sobrevivência nos elementos que lhes são próprios, como a água, o as, a terra: o peixe tem cauda e barbatanas, os pássaros têm duas pernas, duas asas e cauda, os bichos de pêlo têm quatro pernas ou duas e braços e cauda.

Diz Giebel (e outros) que “no princípio da vida embrionária, quando o embrião se compõe apenas do sulco primitivo e da corda dorsal, a mais minuciosa observação é absolutamente incapaz de distinguir a individualidade humana de qualquer vertebrado, de um mamífero ou de uma ave, de um lagarto ou de uma carpa”.

E então? A ciência não sabe, a observação não distingue, mas essa distinção é patente, quando de embrião passa para feto e daí à luz física, como produto de sua espécie, pois logo o que é de pêlo, é pêlo, o que é de pena, é pena, o que é branco é branco, e o que é preto é preto. Os seus caracteres genéticos de origem ali estão, distinguindo a sua hereditariedade, a sua ancestralidade.

POSTULADO 7º
(No que diz respeito ao rompimento do Carma-Causal, para gerar o Carma-Constituído ou a Evolução pelo Universo-Astral)

Cremos e ensinamos que nosso Carma-Constituído é uma consequência do Carma-Causal, próprio dos Cosmos Espiritual. Existe em relação com a Causa. É um Efeito e, sendo assim, é justamente o que as diversas Escolas pregam como Lei de Consequência.

Nosso Arcano Maior revela que essa Lei surgiu em consequência desse rompimento com a causa; e ainda diz mais, que foi por causa desse rompimento que o Deus-Pai criou o Universo-Astral, imprescindível como uma 2ª VIA de Evolução, para os seres epirituais, quando do início das quedas ou das descidas para o outro lado do espaço cósmico, onde a substância existia e existe.

A Evolução dos seres epirituais por essa via é finita, isto é, obedece a uma reversão, a uma limitação, a um ponto final. E para que na mente do leitor fique bem claro esse Postulado de nossa Doutrina, convém acentuarmos os seguintes fatores:

a) que os seres espirituais viviam no Cosmos espiritual, nas condições ressaltadas no Postulado 5º (reler), isto é, que esse Cosmos era e é a 1ª Via Evolutiva, sujeita ao Carma-causal, e com direito ao uso do livre-arbítrio.

b) que lá ps seres espirituais não tinham veículos etéricos, nem gasosos, nem ígneos; não podiam apropriar-se dos elementos oriundos da substância, a fim de criarem formas ou corpos para uso;

c) que tinham estados de consciência distintos, vibrando no que já definimos como susas afinidades virginais, que são irreversíveis;

d) que essas afinidades virginais, ao se imprimirem sobre a substância, definiram esse duplo aspecto que veio a ser identificado como o do macho e da fêmea.

Então, essa condições bem compreendidas, fica patente que houve, realmente, um rompimento cármico, uma desobediência ao sistema evolutivo original, que redundou, por sua vez, nesse sistema de lições, experimentações, provações, nunca opr termos sido “criados simples e ignorantes das coisas quie o mesmo Pai iria criar, posteriormente, de Si mesmo, também, para nos servir de tentação e sofrimentos mil.

Nunca o Pai, em seu infinito grau de perfeição, poderia criar condições que iriam, fatalmente, degenerar afinidades, ou seja, consciências, inteligências, sentimentos, nos aspectos morais já bastante citados, através de nossa “Preparação Psicológica”.

Então, é quando a nossa Doutrina exalta a excelsa Bondade do Ser Supremo, reafirmando o aspecto correto de Sua Paternidade no sentido de prover a educação moral-espiritual de todos os Seres, com os elementos ou com os indispensáveis, dentro da Via escolhida livremente.

Portanto, quando nós ─ os espíritos ─ resolvemos, no pleno uso de nosso livre-arbítrio, romper com o carma-causal, abandonando a Via de Ascensão ou de Evolução Original, foi porque desejávamos definir, justamente, nossas afinidades virginais, nossa ideação, em aspectos objetivos, concretos; transofrmá-las de uma abstração persistente numa realidade viva, atuante.

E sabíamos, nós, os espíritos que estávamos no Cosmos Espiritual, que somente poderíamos conseguir isso através da substância que existia “do outro lado” do espaço cósmico.

E assim é que se deu a nossa queda ao “reino da substância”, sem sabermos coisa alguma de concreto (por efeito daquilo que já se experimentou) a respeito dela, e mesmo porque não quisemos acreditar nos esclarecimentos dados, ignorando, portanto, o que iria sugir dessa ligação, como, por exemplo, as suas terríveis injunções, os seus malditos efeitos, por via, é claro, dessa desejada penetração, dessa junção.

Não quisemos acreditar (portanto, ignorávamos) que a lei natural dessa substância, o seu moto próprioera o caos, isto é, sua natural manifestação não ia além dos estados de convulsionamento, de explosão.

Desconhecíamos, assim, que essa substância não ia além de um 3º estado de transformação, a partir dela; portanto, jamais nos poderia fornecer elmentos que seriam imprescindíveis aos objetivos visados. dentro dessas suas condições naturais, porém limitadas, as nossas afinidades virginais jamais poderiam definir-se positivamente; jamais poderia produzir os elementos positivos e negativos, base dos futuros organismos, necessários para provocar “as reações ou sensações” daquilo que visávamos atingir ─ o orgasmo.

Em suma: a substância ainda não se transformava além desse 3º estado. Ela não produzia a luz, o calor, a eletricidade, o magnetismo como nós o conhecemos, sentimos e vivemos em relação a eles, não existia o 4º estado, o chamado de irradiante; existiam os íons, mas sem serem potenciados como moléculas.

Nessa situação, que remonta às origens das causas e dos efeitos, foi que o deus-Pai agiu,

Diz-nos o Arcano, que o fem como sempre, movido pela Sua Excelsa Bondade, visto os seus filhos ─ filhos de Sua Paternidade Moral, Espiritual ─ desobedecerem aos conselhos, às instruções dadas pelas Hierarquias Divinas, sobre a natureza da substância, não acreditando nas consequências dessa ligação. O que fizeram foi romper com o carma-causal, usando do direito ao livre arbítrio e se projetaram “omo abelhas, para o lado onde dominava a outra natureza”.

Foi esse rompimento, essa decida, chamada, alegoricamente, de  “queda dos anjos”.

E foi ─ conforme íamos dizendo ─ quando o Deus-Pai agiu; começou a sua Obra promovendo nessa substância as condições que iriam ser necessárias à formação de uma 2ª VIA de Evolução, já que o fao estava consumado.

E isso fez coordenando a lei natural dessa substância, a fim de se transformar num 4º estado e daí, aínda, no 5º, 6º e 7º, com as subtransformações próprias de cada um.

 

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